sábado, 13 de fevereiro de 2016
Pergunta: "Por que é tão difícil entender a Bíblia?"
Resposta: Todos, de uma forma ou de outra, têm alguma dificuldade em compreender a Bíblia. Mesmo depois de quase 2.000 anos de história da igreja, há alguns versículos e passagens bíblicas que deixam até o mais brilhante dos estudiosos da Bíblia especulando quanto ao seu significado correto. Por que é tão difícil entender a Bíblia? Por que leva tanto esforço para completa e corretamente entendê-la? Antes de tentarmos oferecer uma resposta, é importante ressaltar que Deus não se comunicou indistintamente. A mensagem da Palavra de Deus é perfeitamente clara. A razão pela qual a Bíblia às vezes possa ser difícil de entender é que somos pecadores – o pecado obscurece a nossa compreensão e nos leva a incorretamente interpretar a Bíblia de acordo com o nosso próprio gosto.
Há vários fatores que podem fazer a Bíblia difícil de entender. Primeiro, há uma diferença de tempo e cultura. A Bíblia foi escrita entre 3400 e 1900 anos antes do nosso tempo de hoje. A cultura na qual a Bíblia foi escrita era muito diferente da maioria das culturas que existem hoje. As ações de pastores nômades em 1800 AC no Oriente Médio muitas vezes não fazem muito sentido a programadores de computador do século 21. É extremamente importante que, ao tentarmos entender a Bíblia, reconheçamos a cultura em que ela foi escrita.
Em segundo lugar, a Bíblia contém diferentes tipos de literatura, incluindo história, direito, poesia, canções, literatura sapiencial, profecia, cartas pessoais e literatura apocalíptica. A literatura histórica deve ser interpretada de forma diferente da literatura sapiencial. A poesia não pode ser interpretada da mesma forma que os escritos apocalípticos. Uma carta pessoal, embora tenha significado para nós hoje, talvez tenha uma aplicação diferente da dos destinatários originais. Reconhecer que a Bíblia contém diferentes gêneros é fundamental para evitar confusões e mal-entendidos.
Em terceiro lugar, todos somos pecadores e cometemos erros (Eclesiastes 7:20, Romanos 3:23, 1 João 1:8). Embora nos esforcemos para não deixar que nossas ideias preconcebidas influenciem a nossa interpretação da Bíblia, é inevitável que todos nós ocasionalmente o fazemos. Infelizmente, mais cedo ou mais tarde todos interpretam uma passagem incorretamente devido a uma suposição do que possa ou não significar. Quando estudamos a Bíblia, devemos pedir a Deus que remova as nossas tendências e nos ajude a interpretar a Sua Palavra separadamente de nossas pressuposições. Isso é muitas vezes difícil de fazer, pois admitir pressuposições requer humildade e uma disposição para admitir erros.
De modo algum essas três etapas são tudo que é necessário para compreender corretamente a Bíblia. Muitos livros têm sido completamente dedicados à hermenêutica bíblica, a ciência da interpretação bíblica. No entanto, estes passos são um excelente começo para entendê-la corretamente. Devemos reconhecer as diferenças culturais entre nós e as pessoas nos tempos bíblicos. Devemos levar em conta os diferentes gêneros da literatura. Devemos nos esforçar para permitir que a Bíblia fale por si mesma e não permitir que nossas pressuposições manchem a nossa interpretação.
Compreender a Bíblia às vezes pode ser uma tarefa difícil, mas com a ajuda de Deus, é possível. Lembre-se de que se você for um crente em Jesus Cristo, o Espírito de Deus habita em você (Romanos 8:9). O mesmo Deus que "soprou" a Escritura (2 Timóteo 3:16-17) é o mesmo Deus que vai abrir a sua mente para a verdade e a compreensão de Sua Palavra se você confiar nEle. Isto não quer dizer que Deus sempre tornará tudo bem fácil. Deus deseja que estudemos a Sua Palavra e exploremos plenamente os seus tesouros. Entender a Bíblia pode não ser fácil, mas é eminentemente gratificante.
A inspiração da Bíblia
Published by T. P. Simmons
Temos visível evidência que a Bíblia é uma revelação de Deus. E nos é dito na Bíblia que Deus deu a revelação por inspiração. Se a Bíblia é a revelação de Deus, justo é deixá-la falar por si mesma sobre a sua própria natureza. É nosso propósito, então, inquirir neste capítulo do sentido e da natureza da inspiração, segundo o propósito testemunho da Bíblia.
No curso que estamos seguindo aqui observamos a razão no seu sentido mais elevado. Mostrou-se que a razão requer uma crença na existência de Deus. E apontou-se, além disso, que é razoável esperar uma revelação escrita de Deus. É da competência da razão, então, em relação à revelação, antes que tudo, examinar as credenciais de comunicações que professam ser uma revelação de Deus. Se essas credenciais forem satisfatórias, deve então a razão aceitar as comunicações como vindas de Deus; daí, aceitar as coisas apresentadas como sendo verdadeiras. “A revelação é o vice-rei que apresenta primeiro suas credenciais à assembléia provincial e então preside” (Liebnitz). Na maneira precitada “a razão mesma prepara o caminho para uma revelação acima da razão e pede uma confiança implícita em tal revelação quando uma vez dada” (Strong).
Acima da razão não é contra a razão. É o racionalismo mais cru possível que rejeita tudo que não pode aprofundar ou demonstrar racionalmente. “O povo mais irracional do mundo é aquele que depende unicamente da razão, no sentido mais limitado” (Strong). O mero raciocínio ou o exercício da faculdade lógica não é tudo da razão. A razão, no sentido amplo, compreende toda força mental para reconhecer a verdade. A razão só pode rejeitar justamente aquilo que contradiz fatos conhecidos. E então, para estar seguro, a razão deve estar “condicionada em sua atividade por um santo afeto e iluminada pelo Espírito Santo” (Strong). A semelhante razão a Escritura não apresenta nada contraditório, conquanto ela faz conhecido muito além do poder desajudado do homem para descobrir ou compreender completamente.
I. O SENTIDO DA INSPIRAÇÃO
Quando Paulo disse: “Toda a Escritura é dada por inspiração de Deus” (II Timóteo 3:16), ele empregou a palavra grega “theopneustos” com a idéia de inspiração. A palavra grega compõe-se de “theos”, significa Deus, e “pneu”, significando respirar. A palavra composta é um adjetivo significando literalmente “respirado por Deus”. Desde que é o fôlego que produz a fala, esta palavra proveu um modo muito apto e impressivo de dizer que a Escritura é a palavra de Deus.
II. O ELEMENTO HUMANO NA INSPIRAÇÃO
No entanto, foi somente em casos especiais que as palavras a serem escritas foram ditadas por via oral para os escritores da Bíblia. Na maioria dos casos as mentes dos escritores tornou-se o laboratório em que Deus converteu o seu fôlego, por assim dizer, em linguagem humana. Isso não foi feito por um processo mecânico. A personalidade e temperamento dos escritores não foram suspensas. Estes são manifestos nos escritos. Assim lemos Gaussen: “Ao sustentar que toda a Escritura é de Deus, estamos longe de pensar que o homem não é nada… Nas Escrituras todas as palavras são do homem, como lá, também, todas as palavras são de Deus…. Em certo sentido, a Epístola aos Romanos é ao todo uma carta de Paulo e, em um sentido ainda maior, a Epístola aos Romanos é totalmente uma carta de Deus”(Theopneustia, um livro altamente aprovado por CH Spurgeon) E assim lemos também de Manly:.” A origem divina e a autoridade da a Palavra de Deus não são para ser afirmadas de modo a excluir ou dificultar a realidade da autoria humana, e as peculiaridades daí decorrentes. A Bíblia é a Palavra de Deus ao homem, na sua totalidade, mas, ao mesmo tempo, é verdade e completamente a composição de um homem. Nenhuma tentativa deve ser feita e vamos certamente fazer nada para anular ou ignorar o “elemento humano” das Escrituras, que inequivocamente é bem aparente, ninguém deve desejar assim ampliar o divino ao ponto de elimina-lo, em parte ou sua totalidade. Este é um dos erros que os homens honestos têm cometido. [A citação a seguir é muito para o ponto aqui: “Às vezes, pode ser francamente admitido, zelo pela autoridade divina e inerrância das Escrituras pode ter levado a teorias insustentáveis e modos de expressão, que tenham obscurecido a verdade. Para dizer, por exemplo, que os escritores foram apenas instrumentos passivos nas mãos do Espírito, ou na melhor das hipóteses amanuenses escritos ao ditado, a adotar, em outras palavras, a teoria da mecânica, é injustificada e maliciosa. Não faz parte da doutrina, e nunca foi geralmente realizada ” (Nova Guia Bíblico, Urquhart, vol. 8, página 175).] Deixai ambos serem admitidos, reconhecidos, aceitos com gratidão e regozijo, cada um contribuindo para tornar a Bíblia mais completamente adaptado às necessidades humanas como o instrumento da graça divina, e guia para fracos e almas humanas errantes. A palavra não é do homem, quanto à sua origem, nem dependendo do homem, quanto à sua autoridade. É por e através do homem como seu meio; ainda não apenas simplesmente como o canal ao longo do qual ele é executado, como a água através de um tubo sem vida, mas através do homem como agente voluntário ativo “e inteligente na sua comunicação. Ambos os lados da verdade são expressos na linguagem bíblica: “Homens santos de Deus falaram inspirados (carregados) pelo Espírito Santo. ” ( 2 Pe 1:21) Os homens falaram, o impulso e a direção são de Deus” (A Doutrina Bíblica da Inspiração). “As Escrituras contêm um ser humano, bem como um elemento divino, de modo que, enquanto eles constituem um corpo de verdade infalível, esta verdade é moldada em moldes humanos e adaptados à inteligência humana comum” (Strong)
III. A INSPIRAÇÃO EXECUTADA MILAGROSAMENTE
O elemento humano na Bíblia não afeta a sua infalibilidade, assim como a natureza humana de Cristo não afetou Sua infalibilidade. A inspiração foi realizada milagrosamente assim como o nascimento virginal de Cristo foi realizada por milagre, e assim como os homens são levados ao arrependimento e fé milagrosamente. Arrependimento e fé são atos voluntários do homem, mas porque são feitas nele pelo Espírito Santo. Deus realizou o milagre da inspiração providencialmente preparando os escritores de seu trabalho e assim revelando Sua verdade para eles e assim permitindo, orientando e supervisionando-os na gravação de como nos dar através deles uma exata e transmissão completa de tudo o que Ele desejava revelar.
“Apesar do Espírito Santo não ter selecionado as palavras para os escritores, é evidente que Ele o fez através dos escritores” (Bancroft, Teologia Elementar).
IV. MÉTODOS NA INSPIRAÇÃO
O elemento miraculoso na inspiração, sem dúvida, não pode ser explicado. E não temos nenhum desejo que o homem possa explicá-lo. Mas até certo ponto, no mínimo, podemos discernir das Escrituras, os métodos que Deus usou na inspiração. Um estudo dos métodos empregados deveria levantar nossa apreciação da inspiração.
(1) Inspiração por meio da revelação objetiva.
Algumas vezes foi dada uma revelação direta e oral para ser escriturada, tal como foi o caso ao dar-se a Lei mosaica (Ex. 20:1) e tal como foi o caso, algumas vezes, com outros escritores (Dn. 9:21-23; Ap. 17:7).
(2) Inspiração por meio de visão sobrenatural.
Noutros casos deu-se uma visão sobrenatural com ou sem uma interpretação dela, como foi o caso com João na Ilha de Patmos.
(3) Inspiração por meio de Passividade.
Noutras vezes, quando não se nos dá evidencia de uma revelação externa de espécie alguma, os escritores foram tão conscienciosos e passivamente movidos pelo Espírito Santo que ficaram sabidamente ignorantes do impacto daquilo que escreveram, como foi o caso com os profetas quando escreveram de Cristo (1 Pedro 1:10).
(4) Inspiração por meio de iluminação divina.
Algumas vezes foi dada aos escritores tal iluminação divina como para capacita-los a entenderem e aplicarem a verdade contida em prévias revelações, mas não feitas inteiramente claras por eles; como foi o caso com escritores do Novo Testamento ao interpretarem e aplicarem a Escritura do Velho Testamento (Atos 1:16, 17, 20; 2:16-21; Rom. 4:1-3; 10:5-11).
(5) Inspiração por meio da direção de Deus.
Em alguns casos os escritores foram meramente de tal modo guiados e guardados para recordarem infalivelmente fatos históricos segundo Deus se agradou de faze-los, quer fossem esses fatos pessoalmente conhecidos deles, ou obtidos de outros, ou revelados sobrenaturalmente. Todos os livros históricos são exemplos oportunos aqui.
(6) Inspiração por meio de revelação subjetiva.
Noutras vezes foi a verdade revelada através dos escritores por tal vivificação e aprofundamento do seu próprio pensar como para habilitá-los a perceber e registrar infalivelmente a nova verdade, como parece ter sido o caso com Paulo em muitas das suas epístolas.
Somando tudo, podemos dizer que o processo de inspiração consistiu de tais meios e influências como aprouve a Deus empregar, segundo as circunstâncias, para poder dar-nos uma revelação divina, completa e infalível de toda a verdade religiosa de que precisamos durante esta vida. Ou podemos dizer com A. H. Strong: “Pela inspiração das Escrituras queremos significar aquela influência divina especial sobre as mentes dos escritores sagrados em virtude da qual suas produções, à parte de erros de transcrição, quando justamente interpretadas, constituem juntas uma regra de fé e prática infalível e suficiente”.
V. A EXTENÇÃO DA INSPIRAÇÃO
Ver-se-á que a inspiração verbal está implicada no que já dissemos; mas, como também já foi dito, isto não destrói o elemento humano na Escritura. A Escritura é, toda ela, a Palavra de Deus; ainda assim, muitíssimo dela é também a palavra do homem. Os escritores diferem em temperamento, linguagem e estilo, diferenças que estão claramente manifestas nos seus escritos, ainda que suas produções são tão verdadeiras e completamente a Palavra de Deus – como qualquer expressão oral de Jesus.
VI. PROVAS DA INSPIRAÇÃO VERBAL
Como prova de fato que a Bíblia é inspirada em palavra e não meramente em pensamento, chamamos a atenção para as evidencias seguintes:
(1) A Escritura inspirada envolve necessariamente a inspiração verbal.
É nos dito que a Escritura é inspirada. A Escritura consiste de palavras escritas. Assim, necessariamente, temos inspiração verbal.
(2) Paulo afirmou que ele empregou palavras a ele ensinadas pelo Espírito Santo.
Em 1 Cor. 2:13, ao referir-se às coisas que ele conheceu pelo Espírito Santo, disse: “Quais coisas falamos, não nas palavras que a humana sabedoria ensina, mas que O Espírito Santo ensina”. É isto uma afirmação positiva da parte de Paulo que ele não foi deixado a si mesmo na seleção de palavras. [Alguns acusam que em Atos 23:5, 1 Cor. 7:10,12, Paulo admite a não inspiração. Em Atos 23:5 Paulo diz a respeito do Sumo Sacerdote: “Não sabia, irmãos, que era o Sumo sacerdote”. Isto “pode ser explicado tanto como a linguagem de ironia indignada: “Eu não reconheceria tal homem como Sumo Sacerdote”; ou, mais naturalmente, como uma confissão atual de ignorância e falibilidade pessoais, o que não afeta a inspiração de qualquer dos ensinos ou escritos finais de Paulo” (Strong). Inspiração não significa que os escritores da Bíblia foram sempre infalíveis no juízo ou impecáveis na vida, mas que, na sua capacidade de mestres oficiais e interpretes de Deus, eram conservados do erro.
Nas passagens da primeira epístola aos Corintios diz Paulo no caso de um mandamento: “Mando eu, todavia não eu, mas o Senhor”; ao passo que no caso de outros mandamentos diz ele: “O resto falo eu, não o Senhor”. Mas notai que no fim das últimas séries de exortações ele diz: “Penso… que eu tenho o Espírito de Deus” (1 Cor. 7:40). Aqui, portanto, Paulo distingue… não entre os seus mandamentos próprios e inspirados, mas entre aqueles que procediam de sua própria (inspirada de Deus) subjetividade e os que Cristo mesmo supriu por Sua palavra objetiva” (Meyer, in Loco).]
(3) Pedro afirmou a inspiração verbal dos seus próprios escritos como dos outros apóstolos.
Em 2 Pedro 3:1,2,15,16 Pedro põe os seus próprios escritos e os de outros apóstolos em nível com as Escrituras do Velho Testamento. E desde que Pedro creu que as Escrituras do Velho Testamento eram verbalmente inspiradas (Atos 1:16), segue-se, portanto, que ele considerava os seus escritos e os de outros apóstolos como verbalmente inspirados. [A questão pode ser levantada como a dissimulação de Pedro em Antioquia, onde temos uma “negação prática de suas convicções, separando-se retirado-se dos cristãos gentios (Gl 2,11-13) ” (Strong). “Aqui não era o ensino público, mas a influência do exemplo particular. Mas nem neste caso, nem o referido acima (Atos 23:5), Deus permitiu o erro ser estabelecido. Por meio da atuação de Paulo, o Santo Espírito define o correto” (Strong)]
(4) Citações no Novo Testamento tiradas do Velho provam a inspiração verbal dos escritores do Novo Testamento.
Os judeus tinham um respeito supersticioso pela propria letra da Escritura. Certamente, então, os judeus devotos, se deixados a si mesmos, seriam extremamente cuidadosos ao citar as Escrituras, como está escrito. Mas nós encontramos no Novo Testamento 263 citações diretas do Antigo Testamento, e destes, segundo Horne, oitenta e oito são citações verbais da Septuaginta, sessenta e quatro são emprestados a partir dele; trinta e sete têm o mesmo significado, mas palavras diferentes; dezesseis concordam mais perto com o hebraico, e vinte diferem tanto do hebraico como da Septuaginta. Todos os escritores do Novo Testamento, exceto Lucas, eram judeus, mas eles não escrevem como os judeus. O que pode explicar isso, se eles não estavam conscientes de sua sanção divina de cada palavra que escreveram? Alguns bons exemplos de citações do Antigo Testamento pelos escritores do Novo Testamento, onde um novo significado é posto em que as citações se encontram em Rm. 4:6,7, que é uma citação de Salmos. 32:1 e Rm. 10:6-8, que é uma citação de Dt. 30:11-14
(5) Mateus afirma que o Senhor falou através dos profetas do Velho Testamento.
Veja a Versão Revisada de Mt. 1:22 e 2:15.
(6) Lucas afirmou que o Senhor falou pela boca dos santos profetas. Lucas 1:70.
(7) O escritor aos hebreus afirma o mesmo (Hb. 1:1).
(8) Pedro afirmou que o Espírito Santo falou pela boca de Davi. Atos 1:16.
(9) O argumento de Paulo em Gl. 3:16 implica inspiração verbal.
Neste lugar Paulo baseia um argumento no número singular da palavra “semente” na promessa de Deus a Abraão.
(10) Os escritores do Velho Testamento implicaram e ensinaram constantemente a autoridade divina de suas próprias palavras.
As passagens em prova disto são numerosas demais para precisarem de menção.
(11) A profecia cumprida é prova da inspiração verbal.
Um estudo da profecia cumprida convencerá qualquer pessoa esclarecida que os profetas foram necessariamente inspirados nas próprias palavras que enunciaram; do contrário, não podiam ter predito algo do que eles souberam muito pouco.
(12) Jesus afirmou a inspiração verbal das escrituras.
Jesus disse: “A Escritura não pode ser anulada” (João 10:35), o que Ele quis dizer que o sentido da Escritura não pode ser afrouxada nem sua verdade destruída. Sentido e verdade estão dependendo de palavras para sua expressão. Sentido infalível é impossível sem palavras infalíveis.
Autor: Thomas Paul Simmons, D.Th.
Digitalização: Daniela Cristina Caetano Pereira dos Santos, 2004
Revisão: Charity D. Gardner e Calvin G Gardner, 05/04
Revisão da tradução e gramatical: Viviane Sena 2010
Fonte: www.PalavraPrudente.com.br
Revisão: Charity D. Gardner e Calvin G Gardner, 05/04
Revisão da tradução e gramatical: Viviane Sena 2010
Fonte: www.PalavraPrudente.com.br
Fonte: palavraprudente
A Bíblia, uma revelação de Deus
Tendo visto agora que a existência de Deus é um fato estabelecido, um fato mais certo que qualquer conclusão de um raciocínio formal, porque é o fundamento necessário de toda a razão, passamos à consideração de uma outra matéria. Há agora, e tem havido por séculos, um livro peculiar neste mundo, chamado Bíblia, que professa ser a revelação de Deus. Os seus escritores falam nos termos mais ousados de sua autoridade como interlocutores de Deus. Esta autoridade tem sido admitida por milhões de habitantes da terra, tanto no passado como no presente. Desejamos perguntar, portanto, se este livro é o que ele professa ser e o que tem sido e crido por uma multidão de gente – uma revelação de Deus. Se não é uma revelação de Deus, então os seus escritores ou foram enganados ou foram enganadores maliciosos.
I. É a Bíblia historicamente autêntica?
Por esta pergunta queremos dizer: É a Bíblia exata como um arquivo de fatos históricos? Há mais ou menos um século, críticos sustentaram que a Bíblia não era exata como história. Disseram que os quatro reis mencionados em Gênesis 14:1 nunca existiram e que a vitória dos reis do Ocidente contra os do Oriente, como descrita neste capítulo, nunca ocorreu. Negaram que um povo tal como os hititas sequer existiram. Sargon, mencionado em Isaías 20:1 como rei da Assíria, foi considerado como um personagem mitológico Além disso, suponha-se que Daniel errara ao mencionar Belsazar como um rei babilônico. Dan. 5:1. Exemplos típicos do Novo Testamento do supostos erros históricos podem ser encontrados em Lucas – representação da ilha de Chipre, sendo governado por um “cônsul” (Atos 13:7) e Lisânias como tetrarca de Abilene, enquanto Herodes tetrarca da Galiléia (Lucas 3:1.) Mas como é agora? Podemos dizer hoje, após as investigações de longo alcance sobre as antigas nações que têm sido feitas, que não há uma única instrução na Bíblia que seja refutada. As recusas confiante dos primeiros críticos têm provado os pressupostos da ignorância. A.H. Prof Sayce, um dos mais eminentes arqueólogos, diz: “Desde a descoberta dos comprimidos de Tel el-Amarna, até agora grandes coisas foram levadas a cabo pela arqueologia, e cada um deles foi em harmonia com a Bíblia, enquanto quase cada um deles foi morto contra as afirmações da crítica destrutiva. “Alguns anos atrás, a United Press transmitiu o testemunho de Yahuda AS, ex-professor de História Bíblica na Universidade de Berlim e, posteriormente, das línguas semíticas da Universidade de Madrid, no sentido de que “toda descoberta arqueológica da Palestina e Mesopotâmia, do período bíblico confirma a exatidão histórica da Bíblia. “
II. É a Bíblia revelação de Deus?
Estamos agora na consideração de uma outra questão. Um livro historicamente correto podia ser de origem humana. É isto verdade da Bíblia?
1. UMA PROBABILIDADE ANTECEDENTE.
O pensamento cuidadoso, além da questão de saber se a Bíblia é a revelação de Deus, vai convencer qualquer crente imparcial na existência de Deus, que é altamente provável que Deus deu ao homem uma revelação explícita e duradoura por escrito da vontade divina. A consciência do homem o informa da existência da lei, como foi bem dito: “A consciência não estabelece a lei, mas adverte para a existência de uma lei” (Diman, Argumento Teistico). Quando o homem tem a consciência do que ele tem feito de errado, ele tem indicação de que tenha quebrado alguma lei. Quem mais, diferente de Jeová, cuja existência temos encontrado para ser um fato estabelecido, poderia ser o Autor dessa lei? E desde que o homem pensa intuitivamente de Deus como sendo bom, ele deve pensar do propósito de Sua lei ser boa. Portanto, não podemos pensar nesta lei como sendo para o mero propósito de condenação. É preciso que esta lei seja para a disciplina do homem em justiça. Também devemos concluir que Deus, que está sendo mostrado por ser sábio por suas obras maravilhosas, utilizaria todos os meios mais eficazes para a realização de seu objetivo através da lei. Este argumenta em favor de uma revelação escrita; de qualquer grau de obediência a uma lei justa é impossível ao homem sem o conhecimento dessa lei. Natureza e razão são muito incertas, indistintas, incompletas e insuficientes para o efeito. James B. Walker resume a questão da seguinte forma: “Toda a experiência do mundo confirmou o fato de além da possibilidade de cepticismo que o homem não pode descobrir e estabelecer uma regra perfeita do dever humano “(Filosofia do Plano de Salvação, p. 73).
Se isso for verdade da lei da conduta humana, então quanto mais é a verdade do caminho da salvação? “A luz da natureza deixa os homens totalmente sem o conhecimento da forma de salvar o homens pecador… anjo… eles mesmos não seria capazes de saber a forma de salvar os homens pecadores, ou como os homens pecadores podem ser justificados diante de Deus,…… portanto , a fim de saber isso, “desejo de olhar para ele,” 1Pedro 1:12 “(Gill, Corpo da Divindade, p. 25).
Além disso, EY Mullins diz: “A própria idéia de religião contém no seu cerne a idéia de revelação. Nenhuma definição de religião, que omite a idéia pode ficar à luz dos fatos. Se o adorador fala com Deus, e Deus sempre calado ao adorador, temos apenas um lado da religião. Religião se torna então um sentido de faz de conta “(A religião cristã em sua expressão doutrinária).
2. UMA PRESUNÇÃO RAZOÁVEL
“Se a Bíblia não é o que o povo cristão do mundo pensa ser, então temos em nossas mãos o tremendo problema de dar conta de sua crescida e crescente popularidade entre a grande maioria do povo mais iluminado da terra e em face de quase toda a oposição concebível” (Jonathan Rigdon, Ciência e Religião).
Grandes esforços se fizeram para destruir a Bíblia como nunca antes se produziram para a destruição de qualquer outro livro. Seus inimigos tentaram persistentemente deter sua influencia. A crítica assaltou-a e o ridículo escarneceu-a. A ciência e a filosofia foram invocadas para desacreditá-la. Á astronomia, no descortinar das maravilhas celestes, pediram-se alguns fatos para denegri-la e a geologia, nas suas buscas na terra foi importunada para lançar-lhe suspeita.” (J. M. Pendleton, Doutrina Cristã). Contudo,
“Firme, serena, imóvel, a mesma Ano após ano… ,
Arde eternamente na chama inapagável; Fulge na luz inextinguível”.
Whitaker
A Bíblia levanta-se hoje como uma fênix do fogo com um ar de mistura de dó e desdém pelos seus adversários, tão ilesa como foram Sadraque, Mesaque e Abdenego na fornalha de Nabucodonozor” (Coleção, Tudo sobre a Bíblia).
Não é provável que qualquer produção meramente humana pudesse triunfar sobre semelhante oposição como a que se moveu contra a Bíblia.
3. PROVAS DE QUE A BÍBLIA É A REVELAÇÃO DE DEUS.
(1) As grandes diferenças entre a Bíblia e os escritos dos homens evidenciam que ela não é uma simples produção humana.
Estas diferenças são: –
A. QUANTO ÁS SUAS PROFUNDEZAS E ALCANCES DE SENTIDO.
“Há infinitas profundezas e alcances inexauríveis de sentido na Escritura, cuja diferença é de todos os outros livros e que nos compelem a crer que o seu autor deve ser divino” (Strong). Podemos apanhar as produções dos homens e ajuntar tudo quanto eles têm a dizer numa só leitura. Mas não assim com a Bíblia. Podemos lê-la repetidamente e achar novos e mais profundos sentidos. Vacilam nossas mentes ante sua profundeza de sentido.
B. QUANTO AO SEU PODER, ENCANTO, ATRAÇÃO E FRESCOR ETERNO.
Os escritores bíblicos são incomparáveis no “seu poder dramático”; esse encanto divino e indefinível, essa atração misteriosa e sempre atual que neles achamos em toda a nossa vida como nas cenas da natureza, sempre um encantador frescor. Depois de estarmos deliciados e tocados por essas incomparáveis narrativas em nossa infância remota, elas ainda revivem e afetam nossas ternas emoções mesmo numa idade respeitável. Deve haver, certamente, algo sobre-humano na humanidade dessas formas, tão familiares e tão singelas” (L. Gaussen, Theopneustia). E este mesmo autor sugere uma comparação entre a história de José na Bíblia e a mesma história no Al-Korão. Outro autor (Mornay) sugere uma comparação entre a história de Israel na Bíblia e a mesma história em Flavio Josefo. Diz ele que ao ler a história bíblica, os homens “sentirão vibrar todos os seus corpos, mover seus corações, sobrevindo-lhes um momento uma ternura de afeto, mais do que se todos os oradores da Grécia e Roma lhes tivessem pregado as mesmas matérias por um dia inteiro”. Diz ele dos relatos de Josefo, “que se deixarão mais frio e menos emocionado do que quando os achou”. Acrescenta: ” O que, então, se as Escrituras tem na sua humildade mais elevação, na sua simplicidade mais profundeza, na sua ausência de todo esforço mais encantos, na sua rudeza mais vigor e alvo do que podemos achar noutro lugar qualquer?”
C. QUANTO A SUA INCOMPARÁVEL CONCISÃO.
No livro do Gênesis temos uma história que fala da criação da terra e sobre ela ser feita num lugar adequado para habitação do homem. Fala da criação do homem, animais, plantas e da sua colocação na terra. Fala da apostasia do homem, do primeiro culto, do primeiro assassinato, do dilúvio, da repopulação da terra, da dispersão dos homens, da origem da presente diversidade de línguas, da fundação da nação judaica e do desenvolvimento e das experiências dessa nação durante uns quinhentos anos; tudo, todavia, contido em cinqüenta capítulos notavelmente breves. Comparai agora com isto a história escrita por Josefo. Tanto Moisés como Josefo foram judeus, ambos escreveram sobre os judeus, mas Josefo ocupa mais espaço com a história de sua própria vida do que Moisés consome no arquivo da história desde a criação até ä morte de José. Tomai também os escritos dos evangelistas. “Quem entre nós podia ter sido durante três anos e meio testemunha constante, amigo apaixonadamente chegado, de um homem como Jesus Cristo; quem poderia ter escrito dezesseis ou dezessete curtos capítulos, a história inteira dessa vida: – do Seu nascimento, o Seu ministério, dos Seus milagres, das Suas pregações, dos Seus sofrimentos, de Sua morte, de Sua ressurreição, de Sua ascensão aos céus? Quem entre nós teria julgado possível evitar de dizer uma palavra sobre os primeiros trinta anos de semelhante vida? Quem entre nós podia ter relatado tanto atos de bondade sem uma exclamação; tantos milagres sem uma reflexão a respeito; tantos sublimes pensamentos sem uma ênfase; tantas fraquezas sem pecado no seu Mestre e tantas fraquezas pecaminosas nos Seus discípulos, sem nenhuma supressão; tantos casos de resistência, tanta ignorância, tanta dureza de coração, sem a mais leve desculpa ou comento? É assim que os homens escrevem história? E mais, quem entre nós podia ter sabido como distinguir o que exigia ser dito por alto do que exigia sê-lo em minúcia?” (Gaussen).
(2) A revelação de coisas que o homem, deixado a si mesmo, jamais podia ter descoberto dá evidência da origem sobre-humana da Bíblia
A. O relato da Criação.
Onde pôde Moisés ter obtido isto, se Deus não lho revelou? “A própria sugestão de ter Moisés obtido sua informação histórica dessas legendas caldaicas e de Gilgamesh … é simplesmente absurda; porque, interessantes como são, estão de tal modo cheias de asneiras, que teria sido impossível a Moisés ou a qualquer outro homem praticamente de evoluir tais legendas místicas os registros sóbrios, reverentes e científicos que se acham no livro do Gênesis” (Collett).
Além disso, Moisés não obteve sua informação sobre a Criação da ciência e da filosofia do Egito. “Moisés, como o Príncipe do Egito, frequentou a melhor das escolas e foi instruído em toda a sabedoria dos egípcios! – a maioria dos quais é considerado hoje um total absurdo. – mas ele não escreveu em seus livros. As teorias estranhas e fantásticas realizadas pelos egípcios sobre a origem do mundo e do homem se passou completamente; e no primeiro capítulo do Gênesis na língua majestosa, que nunca foi superada até hoje – ele dá conta da criação de Deus – do mundo e do homem, qualquer declaração é refutado pela ciência moderna “(Boettner, Estudos em Teologia, p. 34).
B. A doutrina dos anjos.
“Foi alguma coisa parecida com os anjos concebida pela imaginação do povo, pelos seus poetas, ou pelos seus sábios? Não; nem mesmo mostraram jamais aproximar-se disso. Perceber-se-á, quão impossível foi, sem uma operação constante da parte de Deus, que as narrativas bíblicas, ao tratarem de um tal assunto, não tivessem considerado constantemente a impressão humana demais de nossas acanhadas concepções; ou que os escritores sagrados não tivessem deixado escapar de suas penas – toques imprudentes ao vestirem os anjos com atributos divinos demais ou afetos humanos demais.” (Gaussen).
C. A ONIPRESENÇA DE DEUS.
As seguintes passagens representam a conclusão da filosofia humana?
“Sou eu um Deus de perto, diz Jeová, e não sou um Deus de longe? Pode alguém esconder-se em lugares secretos de modo que eu não o veja? diz Jeová. Não encho eu o céu e a terra? diz Jeová (Jr. 23:23,24).
“Para onde fugirei do Teu Espírito, ou para onde fugirei da Tua face? Se subir ao céu, lá Tu estás; se fizer no inferno a minha cama, eis que ali estás também. Se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do mar, até ali a Tua mão me guiará e a Tua destra me susterá.” (Sl. 139:7-10).
Estas passagens e outras na Bíblia ensinam, não o panteísmo, nem que Deus está em diferentes lugares sucessivamente senão que Ele está em toda a parte ao mesmo tempo e contudo separados como Ser – fora da Criação. O intelecto sozinho do homem originou esta concepção, vendo que, mesmo quando ele tem sido acomodado, a mente do homem pode compreendê-lo só parcialmente?
D. O PROBLEMA DA REDENÇÃO HUMANA.
Se fora submetido ao homem o problema de como Deus podia ser justo e justificador do ímpio, teria o homem proposto, como solução, que Deus se tornasse carne e sofresse em lugar do homem? “Que a criatura culpada fosse salva a custa da encarnação do Criador; que a vida viesse aos filhos dos homens através da morte do Filho de Deus; que o céu se tornasse acessível à população distante da terra pelo sangue de uma cruz vergonhosa; estava totalmente remoto a todas as concepções finitas. Mesmo quando a maravilha se torna conhecida pelo Evangelho, excitou o desprezo dos judeus e dos gregos; Para o antigo era uma pedra de tropeço e ofensa, para o último era a loucura. Os gregos eram um povo altamente cultivados, agudos em intelecto, de profunda filosofia e sutil de raciocínio, mas ridicularizavam a idéia de salvação através de alguém que foi crucificado. Eles podem muito bem ser considerados como representando as possibilidades do intelecto humano – o que pode fazer, e, de longe afirmar a doutrina cristã da redenção como uma invenção dos filósofos, eles riram como se fosse filosofia indigna. Os fatos do evangelho que rejeitaram como inacreditáveis, porque eles pareciam estar em conflito positivo com suas concepções de razão” (J. M. Pendleton, Doutrinas Cristãs).
“Como podiam esses livros terem sido escritos por semelhantes homens, em semelhantes ambientes sem auxílio divino? Quando consideramos os assuntos discutidos, as idéias apresentadas, tão hostis não só aos seus prejuízos nativos, mas ao sentimento geral então prevalecente nos mais sábios da humanidade – o sistema todo de princípios entrelaçados em toda parte da história, poética e promessa, bem como de insignificantes maravilhas e singulares excelências da palavra; nossas mentes se constrangem a reconhecer este como o Livro de Deus num sentido elevado e peculiar” (Basil Manly, A Doutrina Bíblica da Inspiração).
(3) A unidade maravilhosa da Bíblia confirma-a como uma revelação divina.
“Eis aqui um volume constituído de sessenta e seis livros escritos em seções separadas, por dezenas de pessoas diferentes, durante um período de mil e quinhentos anos – um volume que antedata nos seus registros mais antigos todos os outros livros no mundo, tocando a vida humana e o conhecimento em centenas de diferentes pontos. Contudo, evita qualquer erro absoluto e assinalável ao tratar desses inumeráveis temas. De que outro livro antigo se pode dizer isto? De que livro mesmo centenário se pode dizer isto?” (Manly, As Doutrinas Bíblicas da Inspiração).
A Bíblia contém quase toda a forma de literatura, história, biografia, contos, dramas, argumentos, poesias, profecias, parábolas, rogos, filosofias, lei, letras, sátiras e cantos. Foi escrita em três línguas por uns quarenta autores diferentes, que viveram em três continentes. Esteve no processo de composição uns mil e quinhentos ou seiscentos anos. “Entre esses autores estiveram reis, agricultores, mecânicos, cientistas, advogados, generais, pescadores, estadistas, sacerdotes, um coletor de impostos, um doutor, alguns ricos, alguns pobres, alguns citadinos, outros camponeses, tocando assim todas as experiências dos homens.” (Peloubet, Dicionário Bíblico).
Entretanto, a Bíblia está em harmonia em todas as suas partes. Os críticos têm imaginado contradições, mas estas desaparecem como a cerração ao sol matutino quando se sujeitam à luz de uma investigação inteligente, cuidadosa, cândida, justa e simpática. Os seguintes sinais de unidade caracterizam a Bíblia:
A. É uma unidade no seu desígnio.
O grande desígnio que percorre toda a Bíblia é a revelação de como o homem, alienado de Deus, pode achar restauração ao favor e à comunhão de Deus.
B. É uma unidade no seu ensino a respeito de Deus
Toda declaração na Bíblia a respeito de Deus é compatível com qualquer outra declaração. Nenhum escritor desmentiu qualquer outro escritor escrevendo sobre o tema estupendo o inefável, Deus infinito!
Isso é verdade, apesar dos esforços dos modernistas para representar o Deus do Antigo Testamento como um Deus de vingança e de guerra, o Deus do Novo Testamento como um Deus do amor e paz. Modernistas propositadamente ignoram fato de que, no Antigo Testamento, Deus lidou com uma nação, enquanto que no Novo Testamento Deus está lidando com pessoas. Não há uma palavra no Novo Testamento, que ensina que as nações não devem resistir à agressão. Modernistas grosseiramente pervertem Novo Testamento quando eles insistem em aplicar ás nações os ensinamentos de Jesus com relação aos crentes individuais.
C. É uma unidade no seu ensino a respeito do homem.
Em toda a parte da Bíblia o homem é mostrado como criatura por natureza corrupta, pecaminosa, rebelde e falida sob a ira de Deus e carecendo de redenção.
D. É uma unidade no seu ensino a respeito da salvação.
O caminho da salvação não foi tão claro no Velho Testamento, como era no Novo Testamento. Mas pode ser visto facilmente que o que é claramente revelada no Novo Testamento foi prefigurado no Antigo Testamento. Pedro afirmou que santos do Antigo Testamento foram salvos exatamente da mesma maneira que os santos do Novo Testamento são salvos. Atos 15:10,11. Leia, neste contexto, os capítulos quinquagésimo terceiro e quinquagésimo quinto de Isaías. Observe também que Paulo faz a Abraão um exemplo típico da justificação mediante a fé (Rm 4) e diz que o evangelho foi pregado a Abraão (Gl. 3:8). Nota, ainda, que Paulo disse a Timóteo que “a Sagrada Escritura” (Antigo Testamento), que ele havia conhecido desde criança fosse capaz de fazer um sábio “para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus (2 Tm. 3:15). O suposto conflito entre Tiago e Paulo sobre a justificação será tratado no capítulo sobre a justificação.
E. É uma unidade quanto à Lei de Deus.
Um ideal perfeito de justiça está retratado por toda a Bíblia a desrespeito do fato que Deus, em harmonia com as leis do desenvolvimento humano, ajustou Seu governo às necessidades de Israel para que pudesse erguer-se do seu rude estado. Este ajustamento da disciplina de Deus foi como uma escada descida a um fosso para prover um meio de escape a alguém lá enlaçado. A descida da escada não visa a um encorajamento ao que está no fundo para deter-se lá, mas intenciona-se como meio de livramento; de modo que a condescendência da disciplina de Deus no caso de Israel não foi pensada como um encorajamento do mal, mas como uma regulação do mal com o propósito de levantar o povo a um plano mais elevado. Negar a unidade da Lei de Deus por causa de adaptações às necessidades de povos particulares é tão tolo como negar a unidade dos planos do arquiteto pelo fato de ele usar andaimes temporários na execução deles.
F. É uma unidade no desenredo progressivo da doutrina.
A verdade toda não foi dada de uma vez na Bíblia. Contudo, há unidade. A unidade no desenredo progressivo é a unidade do crescimento vegetal. Primeiro vemos a erva, depois a espiga e então o grão cheio na espiga” (Marcos 4:28).
A força desta unidade maravilhosa na sua aplicação à questão da inspiração da Bíblia está acentuada por David James Burrell como segue: – “Se quarenta pessoas de diferentes línguas e graus de educação musical tivessem de passar pela galeria de um órgão em longos intervalos e, sem nenhuma possibilidade de acordo prévio, cada uma delas tocasse sessenta e seis teclas, as quais, quando combinadas, dessem o tema de um oratório, submeter-se-ia respeitosamente que o homem que considerasse isso como uma “circunstância fortuita” seria tido por consenso unânime universal – para dizê-lo modestamente – tristemente falto de senso comum” (Por Que Eu Acredito na Bíblia).
(4) A exatidão da Bíblia em matérias científicas prova que ela não é de origem humana.
A. A Bíblia não foi dada para ensinar ciência natural.
Diz-se corretamente que a Bíblia não foi dada para ensinar ciência natural. Não foi dada para ensinar o caminho que os céus vão, mas o caminho que vai para o céu.
B. Todavia, ela faz referência a matérias cientificas.
“Por outro lado, contudo, vendo que o universo inteiro está de tal modo inteira e inseparavelmente ligado com leis e princípios, é inconcebível que este livro de Deus, que confessadamente trata de tudo no universo quanto afeta os mais altos interesses do homem, não fizesse referência alguma a qualquer matéria científica; daí acharmos referência incidentais a vários ramos da ciência… (Sidney Collett, Tudo Sobre a Bíblia).
C. E quando a Bíblia faz referência a matérias cientificas, é exatíssima.
A Bíblia não contém os erros científicos do seu tempo. Ela antecipou as gabadas descobertas dos homens centenas de anos. Nenhuma das suas afirmações provou-se errônea. E é somente nos tempos hodiernos que os homens chegam a entender alguns deles. [Os conflitos supostos por muitos existente entre a Bíblia e a ciência no que diz respeito à criação da terra e dos seres vivos são tratados em capítulos posteriores na relação de Deus para o Universo e A Criação do Homem. Além disso, provas científicas da enchente, serão dadas no capítulo dedicado à criação do homem. Além disso, este último capítulo vai lidar também com a suposta antiguidade homem.] Notai as seguintes referências bíblicas a matérias cientificas:
(a) A rotundidade da terra. Séculos antes de os homens saberem que a terra é redonda a Bíblia falou do “circulo da terra” (Isaías 40:22).
(b) O suporte gravitacional da terra.
Os homens costumavam discutir a questão do que é que sustenta a terra, sendo avançadas diversas teorias. Finalmente os cientistas descobriram que a terra é sustentada por sua própria gravitação e a de outros corpos. Mas, muitos antes de os homens saberem isto, e enquanto contendiam por este ou aquele fundamento material para a terra, a Bíblia declarou que Deus “pendura a terra sobre o nada” (Jó 26:7).
(c) A natureza dos céus. A Bíblia fala dos céus como “expansão” e isto estava tão adiante da ciência que a palavra hebraica (raquia) foi traduzida por “firmamento” (Gênesis 1; Sl. 19:6), que quer dizer um suporte sólido.
(d) A expansão vazia do Norte. Foi só na metade do século passado que o Observatório de Washington descobriu que, dentro dos céus do Norte, há uma grande expansão vazia na qual não há uma só estrela visível. Mas antes de três mil anos a Bíblia informou aos homens que Deus “estendeu o Norte sobre o espaço vazio” (Jó 26:7).
(e) O peso do Ar. Credita-se a Galileu a descoberta que o ar tem peso – algo com que os homens jamais tinham sonhado; mas, dois mil anos antes da descoberta de Galileu a Bíblia disse que Deus fez “um peso do vento” (Jó 28:25).
(f) A rotação da terra. Ao falar de sua segunda vinda, Cristo deu indicação de que seria noite numa parte, dia na outra (Lucas 17:34-36), implicando assim a rotação da terra sobre seu eixo.
(g) O número de estrelas. No segundo século antes de Cristo, Hiparco numerou as estrelas em 1.022. Mais de 300 anos mais tarde, Ptolomeu acrescentou mais quatro. Mas a Bíblia antecipou as revelações do telescópio moderno, comparando as estrelas com grãos de areia à beira-mar (Gênesis 22:17; Jeremias 38:22.), com somente Deus sendo capaz de enumerá-las (Sl 147:4) .
(h) A lei da evaporação. Muito antes que os homens soubessem que é a evaporação que evita que o mar transborde e mantém os rios correndo, fazendo possível chover, todo o processo surpreendente foi notavelmente representado com precisão científica o seguinte: “Todos os rios correm para o mar, e contudo o mar não é completo; ao lugar para onde os rios vão, para ali tornam eles a correr (Ecl.1:7)
(i) A existência de ventos alisados. Hoje sabemos que a subida do ar quente nos trópicos faz com que o ar frio do norte a se deslocar no seu lugar, causando o que chamamos de “ventos alisados”. Sabemos também que “em alguns lugares, eles explodem em uma direção pela metade do ano, mas na direção oposta à outra metade (Novos Alunos Obras de Referência, p. 1931). A Bíblia antecipou este conhecimento em uma declaração muito notável : “O vento vai para o sul, e faz o seu giro para o norte, continuamente vai girando o vento, e volta fazendo os seus circuitos” (Eclesiastes 1:6).
(j) A importância do sangue. Somente há cerca de três séculos e meio que temos sabido que o sangue circula, levando oxigênio e alimento para todas as células do corpo, removendo o dióxido de carbono e outros resíduos do organismo através dos pulmões e órgãos excretores, e promovendo a cura e combate a doenças. Mas há muito tempo a Bíblia declara que “a vida da carne está no sangue”. Veja Gênesis 9:4; Lev. 17:11,14. (k) A união da raça humana. Antiga tradição representava homens originalmente como brotando individualmente – a partir do solo – sem relação linear. Mas o conhecimento moderno tem revelado muitas evidências física, fisiológica, geográfica e linguística da união da raça. [Uma extensa discussão sobre a união do homem é encontrada no Novo Guia Bíblico (Urquhart, a partir da página 381 do Vol. 1.), onde é feita referência a uma discussão sobre as variações na família humana por Pritchard nos Vestígios da Criação, e Pritchard é citado como tendo dito: “Nós temos noções obscuras das leis que regulamentam essa variabilidade dentro de limites específicos, mas vê-los operar continuamente, e eles são, obviamente, favoráveis à suposição de que todas as grandes famílias dos homens podem ter sido de uma origem.” Além disso Pritchard é citado como tendo dito: “A tendência do estudo das línguas modernas é o mesmo ponto.” Então Urquhart diz do eminente e graduado Quatre-Fages: “Ele manifestou a convicção de que a única conclusão possível da ciência é que a raça humana surgiu a partir de um único par.”] A evidência mais forte, no entanto, encontra-se no fato de que, enquanto a ciência médica pode distinguir entre o sangue humano e o sangue animal e pode distinguir entre o sangue de diferentes espécies de animais, contudo não pode distinguir entre o sangue das diferentes raças da humanidade. Mas Moisés não teve que esperar por esse conhecimento moderno. Sem hesitação ou equívoco, ele declarou que a raça se espalhou pelos descendentes dos filhos de Noé (Gênesis 9:19; 10:32). Nem Paulo hesita em afirmar que Deus “fez de um sangue todas as nações dos homens” (At 17:26).
(5) A profecia cumprida testemunha ao fato que a Bíblia veio de Deus.
A. A referência profética a Ciro.
Cinqüenta anos antes do nascimento de Rei Ciro o qual decretou que os filhos de Israel voltassem à sua terra, Isaías falou de Deus como “aquele que disse de Ciro, ele é meu pastor e cumprirá tudo o que me apraz, dizendo também a Jerusalém: Tu serás edificada; e ao templo: Tu serás fundado.” (Isaías 44:28).
B. A profecia do cativeiro babilônico. Vide Jr. 25:11.
C. Profecias a respeito de Cristo.
(a) Os soldados repartindo as Suas vestes. Salmos 22:18. Para cumprimento: Mt. 27.35.
(b) O fato de Seus ossos não serem quebrados. Sal. 34:20. Cumprimento: João 19:36.
(c) Sua traição. Sal. 41:9. Cumprimento: João 13:18.
(d) Sua morte com os ladrões e enterro no túmulo de José. Isaías 53:9, 12. Cumprimento: Mt. 27:38, 57-60.
(e) O Seu nascimento em Belém. Miquéias 5:2. Cumprimento: Mt. 2:1; João 7:42.
(f) Sua entrada triunfal em Jerusalém. Zacarias 9:9. Cumprimento: Mt. 21:1-10; Mc. 11. 1-8; Lc. 19. 29-38.
(g) Seu traspasse. Zc. 12:10. Cumprimento: João 19:34,37.
(h) Dispersão dos Seus discípulos. Zc. 13:7. Cumprimento: Mt. 26:31.
Há, porém, uma explicação plausível da maravilha da profecia cumprida e essa explicação é que Ele “que faz todas as coisas segundo o conselho da Sua vontade” (Ef. 1:11) moveu a mão do escritor da profecia.
(6) O testemunho de Cristo prova a genuinidade da Bíblia como uma revelação de Deus.
Jesus considerou o Velho Testamento como a Palavra de Deus, a ele se referiu freqüentemente como tal e disse: “A Escritura não pode ser anulada” (João 10:35). Ele também prometeu ulterior revelação por meio dos apóstolos (João 16:12,13). Temos assim Sua pré-autenticação do Novo Testamento.
O testemunho de Jesus é de valor único, porque Sua vida provou-O ser o que Ele professou ser – uma revelação de Deus. Jesus não se enganou; “porque isto alegaria (a) uma fraqueza e loucura montando a positiva insanidade. Mas Sua vida inteira e caráter exibiram uma calma, dignidade, equilíbrio, introspecção e autodomínio totalmente inconsistente tal teoria. Ou alegaria (b) auto ignorância e auto exagero que podiam provir apenas da mais profunda perversão moral. Mas a pureza absoluta de Sua consciência, a humildade do Seu espírito, a beneficência abnegada de Sua vida mostram ser incrível esta hipótese”. Nem Jesus foi um enganador, porque (a) a santidade perfeitamente compatível de Sua vida; a confiança não vacilante com a qual Ele desafiava para uma investigação de suas pretensões e arriscava tudo sobre o resultado; (b) a vasta improbabilidade de uma vida inteira de mentira aos declarados interesses da verdade e (c) a impossibilidade de decepção operava tal benção ao mundo, – tudo mostra que Jesus não foi um impostor cônscio” (A. H. Strong).
III. O que constitui a Bíblia?
Do que já se disse, manifesto é que o autor crê que a Bíblia, revelação de Deus, consiste de sessenta e seis livros do que é conhecido como o Cânon Protestante.
Aqui não é necessário um prolongado e trabalhado argumento e nada será tentado. A matéria inteira, tanto quanto respeita aos que crêem na divindade de Cristo, pode ser firmada pelo Seu testemunho.
Notemos:
1. Cristo aceitou os trinta e nove livros de nosso Velho Testamento como constituindo a revelação escrita que Deus tinha dado até aquele tempo.
Esses livros compunham a “Escritura” (um termo que ocorre vinte e três vezes no Novo Testamento) aceita pelos judeus. Crê-se que eles foram reunidos e arranjados por Esdras. Foram traduzidos do hebraico para o grego algum tempo antes do advento de Cristo. Não pode haver dúvida de que Cristo aceitou esses livros e nenhum outro como constituindo os escritos que Deus inspirou até aquele tempo. Ele citou esses livros na fórmula: “Está escrito”. Ele referiu-se a eles como “Escritura”. E Ele disse: “… a Escritura não pode ser anulada” (João 10:35).
Por outro lado, nem Cristo nem os apóstolos aceitaram os quatorze livros e partes de livros (conhecidos como os Apócrifos), a maioria dos quais foram acrescentados ao cânon protestante, para compor o Antigo Testamento na Bíblia Católica Romana (Versão Douay). “E embora existam no Novo Testamento, cerca de 263 citações diretas e cerca de 370 referências a passagens do Antigo Testamento, mas entre todas estas não há uma única referência, quer por Cristo ou Seus apóstolos, aos escritos apócrifos” (Collett , Tudo Sobre a Bíblia, p. 50). Nem eram esses livros recebidos pela nação de Israel. [Isto é admitido pelas autoridades católicas romanas. Em Um Catecismo da Bíblia, escrito pelo “Rev. John J. O’Brien, MA,” e publicada com a autorização da Sociedade Católica Internacional da Verdade, do Brooklyn, na página 10, esta pergunta foi feita sobre estes livros: “Eram os livros adicionados aceitos pelos hebreus?” E a resposta dada é: “Não, os hebreus se recusaram a aceitar estes livros adicionados.”]
Josefo, por escrito contra Apion ( Livro 1, V. 8), diz: “Nós não temos uma multidão inumerável de livros entre nós, discordando e contradizendo um ao outro entre si, mas apenas 22 livros (este número foi estabelecido por certas combinações de nossos trinta e nove livros). . . para durante tantos anos já passaram, ninguém foi tão ousado, quer para acrescentar nada a eles, para tirar qualquer coisa deles, ou fazer qualquer alteração nos mesmos. “Tampouco foram esses livros parte da Septuaginta original, como foi suposto muitas vezes. Cirilo de de Jerusalém (nascido em 315 dC) falou da Septuaginta da seguinte forma: “Leia a divina Escritura, ou seja, os 22 livros do Antigo Testamento que os setenta e dois intérpretes traduziram.” Eles provavelmente foram adicionados ao Septuaginta em meados do século IV, desde as mais antigas cópias da Septuaginta possuímos (Vaticano versão) os contém, e isto é suposto que data do século IV. Talvez tenha sido a adição desses livros que levou a igreja grega em Concílio de Laodicéia (363 dC) para negar a sua inspiração. Mesmo tão tarde quanto 1546, o Concílio de Trento considerou necessário declarar que esses livros sejam canônicos.
2. Cristo também prometeu outra revelação indo além de tudo que Ele tinha ensinado.
Em João 16:12,13 achamos Cristo falando aos apóstolos como segue: “Ainda tenho muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora. Mas, quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir. “.
Além disso, Cristo constituiu os apóstolos um corpo de professores infalível quando em Mt. 18:18 Ele disse: “Em verdade eu vos digo: tudo o que ligardes na terra será ligado nos céus, e tudo quanto desligares na terra será desligado nos céus”. “Ligar” significa proibir, isto é, ensinar que uma coisa está errada. “Desligar” é permitir , sancionar, para ensinar que uma coisa é certa. Assim, Cristo prometeu sancionar no céu o que os apóstolos ensinarassem na terra. João 20:22, 23 é da mesma importância.
No Novo Testamento temos esta revelação que Cristo deu por meio do Seu corpo infalível de mestres. Os poucos livros não escritos pelos apóstolos receberam o seu lugar no cânon, evidentemente, porque os apóstolos os aprovaram. De qualquer maneira, o seu ensino é o mesmo como o dos demais livros do cânon.
O Novo Testamento veio á existência da mesma maneia que o Velho, isto é, o cânon foi determinado pelo consenso de opinião da parte do próprio povo de Deus. O fato que Deus deu e conservou uma revelação infalível da velha dispensação prova que Ele fez o mesmo com referência ao novo.
A tese católica romana que aceitamos nossa Bíblia com a sua autoridade é esplendidamente nula e eloquentemente vã. O cânon da Bíblia inteira foi estabelicida antes que houvesse uma coisa como a Igreja Católica Romana. (Veja o capítulo sobre “A Doutrina da Igreja para uma discussão sobre sua origem.) Se aceitássemos a nossa Bíblia na autoridade da Igreja Católica Romana, então devemos aceitar os livros apócrifos que foram adicionados, juntamente com sua tradução deturpada deles . Além disso, nesse caso, devemos aceitar as suas tradições vãs. As decisões dos concílios da Igreja são considerados de valor para nós apenas como eles são aceitos como evidência histórica rumo para o consenso de opinião entre os verdadeiros santos de Deus e como expressar a verdade que é confirmado por outras evidências.
IV. É a Bíblia suficiente e a ultima revelação de Deus?
A suficiência e o término da Bíblia são rejeitadas hoje pelos católicos romanos em favor da “tradição”, e os devotos da neo-ortodoxia em favor de uma revelação contínua. A base da disputa Católica Romana para a autoridade da tradição é a idéia de que o clero católico romano são sucessores dos apóstolos. Esta é uma invenção da imaginação pervertida.
Nem Jesus nem os apóstolos davam o menor indício sobre um sucessor apostólico, com exceção de Judas, e era necessário que ele seja aquele que tinha convivido com eles desde o batismo de João. Veja Atos 1:21,22. Tradição católica romana, não apenas suplementam a Bíblia, mas também a contradizem. Eles surgiram da mesma maneira que as tradições judaicas, e, hoje eles estão na mesma relação com a verdadeira Palavra de Deus. Assim, a condenação de Jesus é tambem aplicável a eles como a tradição judaica – “Este povo se aproxima de mim com a sua boca e me honra com os seus lábios, mas o seu coração está longe de mim. Mas em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens” (Mateus 15:8,9).
Paulo claramente indicou que o plano de Deus era para dar ao homem uma revelação escrita completa assim “para que o homem de Deus, seja perfeito, e perfeitamente instruido para toda a boa obra” (2 Tm. 3:17)
A idéia moderna da “autoridade do Espírito”, que é realmente a autoridade da razão humana, como dando revelação contínua, é igualmente inútil. Devemos voltar a Cristo como nossa única autoridade de confiança, e Cristo não deu nenhuma promessa de ensinamentos autorizados além dos apóstolos. Essa idéia não será adotada por ninguém, exceto os modernistas ou aqueles grandemente afetados pelo modernismo. Aqueles que aceitam essa idéia serão encontrados de forma aberta ou na pratica negando a inspiração da Bíblia. Nós não nos importamos com suas noções nebulosas. Elas são tão frágeis que elas entram em colapso sob seu próprio peso. O Novo Testamento é manifestamente completo, suficiente e final.
Autor: Thomas Paul Simmons, D.Th.
Digitalização: Daniela Cristina Caetano Pereira dos Santos, 2004
Revisão: Charity D. Gardner e Calvin G Gardner, 05/04
Revisão da tradução e gramatical: Viviane Sena 2010
Fonte: www.PalavraPrudente.com.br
Digitalização: Daniela Cristina Caetano Pereira dos Santos, 2004
Revisão: Charity D. Gardner e Calvin G Gardner, 05/04
Revisão da tradução e gramatical: Viviane Sena 2010
Fonte: www.PalavraPrudente.com.br
Fonte: palavraprudente
O que significa dizer que a Bíblia é inspirada?
Pergunta: "O que significa dizer que a Bíblia é inspirada?"
Resposta: Quando as pessoas dizem que a Bíblia foi inspirada, estão se referindo ao fato de que Deus divinamente influenciou os autores humanos das Escrituras de modo tal que aquilo que escreveram foi a própria Palavra de Deus. No contexto das Escrituras, a palavra inspiração simplesmente significa “Divinamente inspirada”. Inspiração comunica a nós o fato da Bíblia verdadeiramente ser a Palavra de Deus, e faz com que a Bíblia seja única dentre todos os outros livros.
Mesmo havendo diferentes opiniões a respeito de até que ponto a Bíblia é inspirada, não pode haver dúvidas de que a própria Bíblia afirma que cada palavra, em cada parte sua, ela é inspirada por Deus (I Coríntios 2:12-13; II Timóteo 3:16-17). Esta visão das Escrituras é freqüentemente conhecida como inspiração “verbal e plenária”. Isto significa que a inspiração se estende às próprias palavras escolhidas (inspiração verbal), não somente aos conceitos e idéias; e que a inspiração se estende a todas as partes das Escrituras e todos os temas tratados nas Escrituras (inspiração plenária). Há algumas pessoas que acreditam que somente partes da Bíblia são inspiradas, ou somente os pensamentos ou conceitos que lidam com religião sejam inspirados, mas tais visões da inspiração não dão conta do que a própria Bíblia afirma ser. Total inspiração verbal e plenária é uma característica essencial da Palavra de Deus.
A extensão da inspiração pode ser vista claramente em II Timóteo 3:16-17: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.” Este verso nos diz que Deus inspirou toda a Escritura e que ela é proveitosa para nós. Não são somente algumas partes da Bíblia que lidam com doutrinas religiosas que são inspiradas, mas cada uma e todas as partes, desde Gênesis até Apocalipse, são a Palavra de Deus. Por terem sido inspiradas por Deus, as Escrituras são, então, autoridade no tocante a estabelecer doutrinas, e suficientes para ensinar ao homem como estar em um correto relacionamento com Deus, “instruir em justiça”. A Bíblia afirma ser não apenas inspirada por Deus, mas também ter a capacidade de nos transformar e nos fazer “completos”, totalmente equipados para toda boa obra.
Um outro verso que lida com a inspiração das Escrituras é II Pedro 1:21. Este verso nos diz que “Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.” Este verso nos ajuda a compreender que apesar do homem ter escrito as Escrituras, as palavras que escreveram foram as próprias palavras de Deus. Apesar de ter usado homens com suas diferentes personalidades e estilos de escrita, Deus divinamente inspirou cada palavra que escreveram. O próprio Jesus confirmou a inspiração verbal e plenária das Escrituras quando disse: “Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim abrogar, mas cumprir. Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido” (Mateus 5:17-18). Nestes versos, Jesus reafirma a exatidão das Escrituras, que vai até ao menor detalhe e até ao menor sinal de pontuação: porque é a própria palavra de Deus.
Por serem as Escrituras a inspirada Palavra de Deus, podemos concluir que são também livres de erro e revestidas de autoridade. Uma correta visão de Deus leva que se chegue a uma correta visão de Sua Palavra. Por ser Deus todo poderoso, cheio de sabedoria e completamente perfeito, Sua Palavra, por sua própria natureza, terá as mesmas características. Os mesmos versos que estabelecem a inspiração das Escrituras também estabelecem que são tanto livres de erro quanto revestidas de autoridade. Sem dúvidas, a Bíblia é o que afirma ser: a inegável e autorizada Palavra de Deus para a humanidade.
Fonte: gotquestions
SAIBA POR QUE O SALMO 91 É O MAIS PODEROSO ESCUDO DE PROTEÇÃO QUE EXISTE
Este Salmo é um dos mais destacados capítulos da Bíblia. Muitos o conhecem de cor. Mas precisa ser interpretado do ponto de vista espiritual, para se atingir seu verdadeiro significado. Encare-o como uma das mais belas e envolventes preces da Bíblia. Pessoas em todo o mundo o encaram como a grande prece para proteção. Meditemos neste Salmo em detalhes, detendo-nos no significado profundo de cada versículo.
Versículo 1: “O que habita no esconderijo do altíssimo repousará à sombra do onipotente”:
O lugar secreto é sua própria mente, onde você caminha e fala com a Presença e Poder Infinitos dentro de si. É seu Eu Superior o Espírito Vivo, ou Deus, dentro de você. É chamado de lugar secreto porque ninguém sabe o que você está pensando ou em que medita. Refugie-se com frequência no pensamento e contemple a Presença de Deus dentro de você. Fazendo isto várias vezes ao dia, diz-se que você habita no lugar secreto.
Repousar à sombra do Onipotente significa viver sob a ofuscante Presença de Deus e ser por Ela protegido. A palavra sombra é uma expressão oriental que indica segurança.
A palavra Onipotente significa que esta Presença que existe dentro de você é Toda-Poderosa. Nada a Ela se opõe nem A desafia, e quando você se une a Deus, dá-se conta de que para Deus tudo é possível. Todas as bênçãos da vida se destinam àqueles que têm por hábito alinhar-se com o Infinito, pedindo paz, harmonia, diretrizes e toda sua fidelidade, lealdade e devoção ao Deus Vivo que existe dentro de você, e todas as maravilhas acontecerão em sua vida.
Versículo 2: “Direi sobre o Senhor: ele é meu refúgio e minha fortaleza; é meu Deus, nele confiarei”:
O Senhor significa EU SOU, ou a Presença de Deus dentro de você. Quando era criança, você confiava em sua mãe, olhando dentro de seus olhos, lá havia amor. Deposite sua confiança no oceano infinito de amor, que é Deus, dentro de você. É o seu Eu Superior, puro Espírito. Ao afirmar a verdade deste segundo versículo, o escudo invisível de Deus o envolve, tornando-o impermeável a qualquer mal. Confie no Infinito, sem se preocupar com as aparências, e encontrará o caminho, a saída. Afirme com confiança: “Deus se preocupa comigo, Ele conhece e me revela a resposta.” Você deve, então, depositar sua confiança no amor de Deus, em vez do perigo ou dificuldade iminente.
Versículo 3 e 4: “Certamente ele o livrará da armadilha do caçador de pássaros, e da peste perniciosa. Ele o cobrirá com suas penas, e sob suas asas estará seguro, pois sua verdade será escudo e defesa”:
Esses versículos são bem explícitos e demonstram que você está protegido de qualquer doença contagiosa, infecciosa ou epidêmica, além dos venenos morais. Além do mais, estará também protegido dos vigaristas, ou do caçador de pássaros, que tenta montar uma armadilha para roubar seus bens ou sua poupança por meio de negócios fraudulentos. Seu Eu Superior o alertará e despertará para que não caia nas ciladas. O pássaro protege sua cria cobrindo-a com suas asas; os filhotes ficam livres do perigo.
Versículos 5 e 6: “Não temerá o terror noturno, nem a flecha que voa de dia, nem a peste que se espalha nas trevas, nem a destruição que grassa ao meio-dia”:
Você nunca deve ir dormir sem antes penetrar no espírito do perdão para si mesmo e todos os outros. Liberte-os a todos em Deus e deseje-lhes as bênçãos da vida. Faça questão de dormir em paz e despertar com alegria. Seu subconsciente amplifica tudo aquilo que você depositar nele. Contemple as grandes verdades de Deus antes de dormir e repousará em paz e se sentirá descansado e refeito pela manhã.
A flecha que voa de dia e a destruição que grassa ao meio-dia se referem aos pensamentos e sugestões negativas que você ouve durante o dia, além das vibrações negativas da mentalidade massificada na qual estamos todos imersos. Se você continuar orando, restará muito pouco espaço em sua mente para estas sugestões negativas da mentalidade preconceituosa que penetram em todos nós.
A destruição do meio-dia representa os problemas diurnos, dificuldades e empecilhos de que você tem conhecimento, bem como problemas financeiros ou conflitos emocionais com os outros. Você sabe que invocando a Presença Infinita e Benéfica, Sua lei e ordem, obterá resposta, trazendo ao seu ambiente harmonia e paz.
O terror noturno e a peste que se espalha nas trevas podem se referir aos conflitos ocultos em seu subconsciente, moléstias iminentes, ou às atividades de pessoas que tentam abalá-lo agindo às ocultas. Você é aconselhado a não temer, porque a sabedoria do mais profundo de sua mente lhe revelará qualquer dificuldade oculta, vinda de qualquer fonte.
Versículos 7 e 8: “Mil cairão do seu lado, e dez mil à sua direita, mas nada o atingirá”:
Isto significa que você pode desenvolver imunidades contra qualquer mal. Você fica inundado de Deus e recebe anticorpos Divinos. A níveis mentais bem elevados, certas pessoas descobriram que não eram tocadas em meio a uma saraivada de balas. Muitos também descobriram a imunidade contra o fogo quando seus aviões se incendiavam e eles não eram atingidos. O fogo queima, mas a níveis de consciência mais elevados não queima.
Os milhares de pensamentos negativos que nos bombardeiam a cada dia não podem perturbar ou danificar o homem que caminha com Deus e fala com Deus, e que se dá conta de que, devido à Presença de Deus dentro dele, não pode ser atingido, não pode ser ferido, nem pode sofrer.
Deus em você é onipotente, eterno, supremo, e a única realidade. Muita gente imagina o perigo ou os desastres em visões interiores e fantasiosas. Temem a doença, acidentes, velhice, e perdas de todos os tipos. Medo e ansiedade são formas de perversidade. Ressentimento, raiva e má-vontade são estados emocionais que se expressam sob a forma de sofrimento e carência. Veja apenas o que é agradável e as coisas boas de contar. Aquilo que você perceber em espírito e aceitar em sua mente acontecerá na sua experiência, e você será abençoado.
Versículos 9 e 1O: “Porque fez do Senhor o teu refúgio, e do Altíssimo, sua habitação, nenhum mal o atingirá, nem qualquer praga chegará a sua casa”:
Esta é uma promessa muito bela e bem definida. Mostra que você será sempre protegido, dirigido e observado pela magia do amor de Deus. Pensando frequentemente que Deus o ama, guia e dirige, que cuida de você, estará fazendo do Altíssimo sua habitação, porque lembra a si mesmo, constantemente, que o amor de Deus o envolve, encerra e circunda.
Portanto, estará sempre imerso na Sagrada Onipresença e nenhuma dificuldade o atingirá. Isto está determinado de maneira clara e definitiva. Resultados, situações e experiências se seguem ao seu pensamento e imaginação normais. Seu estado mental sempre se manifesta na tela do espaço. Habitando as grandes verdades deste Salmo, você pode desenvolver imunidades contra qualquer perigo.
Versículo 11 e 12: “Pois Ele encarregará seus anjos de protegê-lo, para guardá-lo em todos os caminhos. Eles o levarão pela mão, para que não tropece nas pedras.”
Este texto magnífico toca no coração a melodia de Deus. Conscientize-se do significado destas promessas. Os anjos representam os mensageiros de Deus, impulsos de inspiração que agem dentro de você; idéias espontâneas que trazem luz à sua mente, revelando-lhe a resposta; sopros interiores do Espírito; e advertências internas que o guiam e guardam. Encare os anjos como diretrizes Divinas, que o conduzem em todos os seus encargos, na escolha de sua comida, companhias, meios de expressão, investimentos e todas as outras fases de sua vida. Em outras palavras, você estará salvaguardado em todas as suas jornadas e tarefas.
Versículo 13: “Com os pés esmagará leões e cobras; sim, leões ferozes e cobras venenosas”:
Ao começar a rezar e usar este Salmo, estará demonstrando sua fé em Deus e atirando seu amor até o Infinito. Enquanto perseverar, o dia nascerá para você e todas as sombras se dissiparão. Na Bíblia, o “nome” de uma coisa significa a sua natureza. A natureza da Inteligência Infinita é a resposta. Ela responde ao seu pensamento. Deus é tudo que existe. Além de ser voltado para a resposta.
Deus é todo-poderoso, toda sabedoria, amor ilimitado, harmonia absoluta, paz absoluta, é onisciente e onipresente. “Conhecer” todos estes atributos, potências e qualidades de Deus é colocar-se no Alto, acima de seus problemas, e libertar-se devido à sua compreensão e profunda conscientização. Contemplar a Deus em ação significa harmonia e paz em tudo que o cerca. Você se torna aquilo que contempla; assim todas as suas dificuldades desaparecem.
Versículo 15 e 16: “Quando me invocar, eu lhe responderei; estarei com ele na hora da dificuldade; vou libertá-lo e honrá-lo. Eu lha darei a satisfação de ter uma longa vida, e demonstrarei minha salvação”:
Só a Inteligência Infinita conhece a resposta. Ao se voltar para Aquele Que É Todo Sabedoria, Ele se voltará para você. Segundo a lei da relação recíproca, Ele responde conforme a natureza de seu pedido. Você pode ter resposta para todos os problemas, receber diretrizes na hora da perplexidade, obter vitória em todos os desafios, e penetrar no triunfo espiritual.
A vida longa prometida é uma vida de felicidade, onde você se liberta, se sente útil e contente. Deus é Vida, e é sua vida agora. Você viverá para sempre. Primeiro ponha Deus em sua vida, e Deus lhe mostrará a estrada da vida, e todos os seus caminhos serão caminhos na alegria, e todas as suas estradas serão estradas de paz.
Fonte: osegredo
Para poder ler a Bíblia, idosa de 83 anos se matricula na escola com a neta e passa a estudar
Uma senhora de 83 anos decidiu que precisava aprender a ler, escrever e interpretar para poder, por conta própria, abrir a Bíblia Sagrada e no seu tempo, conhecer a mensagem das Escrituras.
Há três anos, quando sua neta passou a frequentar a primeira série do Ensino Fundamental, Anastasia Guzmán Martinez passou a mandar um caderno extra na mochila da menina, para que a professora enviasse tarefas para ela fazer em casa.
Tocada pela iniciativa de Anastasia, a professora convidou a idosa para participar das aulas, e se responsabilizou por matriculá-la de maneira formal para que ao final das aulas, ela possa receber seu diploma.
“Estou feliz porque posso ir à escola para aprender. Neste momento de minha vida, parece que já são meus minutos que restam, mas meu Deus vai me ter. Eu gosto pensar que sou saudável e forte, mas quando o Criador nos chamar, não haverá perguntas“, afirmou a idosa, de acordo com informações do site La Prensa.
Anastasia vive na aldeia Serra Aguazul, em Santa Cruz de Yojoa, Honduras, e é assídua às aulas. Sentada na primeira fileira de cadeiras, ela fica atenta a tudo que a professora ensina, e é bem recebida pelos colegas de classe, décadas mais novos.
Diariamente, ela caminha cinco quarteirões para ir às aulas, aproveitando cada momento que não teve a oportunidade de usufruir na infância, por conta da extrema pobreza em que vivia.
Dizendo que essa fase pode ser sua última, ela não deixa de aproveitar cada momento na escola, e como todos os estudantes, tem uma matéria da qual não gosta: Estudos Sociais. O motivo seria as diversas nuances que essa disciplina traz: “É muita história para aprender e minha cabeça dói“, diz.
A professora atual de Anastasia conta que ela é boa aluna, se atenta às tarefas e alcança os objetivos, mesmo que, às vezes, com uma velocidade menor que os colegas. A visão cansada e a audição falha contribuem para isso. No entanto, uma vez que compreende o tema, consegue explica facilmente aos colegas que ainda não tenham captado o teor.
A neta de Anastasia, Astrid Fernanda Márquez, diz que sente muito orgulho da avó, e que se espelha nela, pois a dedicada idosa quer alcançar o que não pôde antes. E Anastasia confirma: “Se Deus me der mais dois anos de vida, irei continuar no colégio para me formar e conseguir um outro diploma”, concluiu.
Fonte: noticiasgospelmais
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